quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A cura pelo autoperdão


A cura pelo autoperdão



A prática do perdão é curativa.

Só através dele é possível eliminar feridas e
cicatrizes que mantém o homem preso ao passado,
às mágoas, a sentimentos que nada constroem.
Quando uma experiência for amarga,
quando perceberes que erraste,
pratica o perdão para consigo mesmo.
Só aquele que assim o faz pode perdoar seus devedores.
A caridade deve ser praticada em primeiro lugar consigo mesmo.
Porque nossa atitude com os outros é apenas
um reflexo do que somos conosco.
Assim não pretendas amar ao próximo se não amas a si mesmo.
Não acredita estar sendo generoso com teu irmão
se não és contigo.
Acalenta teu coração machucado com as labutas e as decepções
ao invés de disparar julgamentos e impropérios contra si próprio.
De nada adiantará.
O que vale é aprender com a experiência dolorosa
para não ter que repeti-la.
Se o Pai te perdoa a cada deslize que praticas
porque não haverias de fazer o mesmo?
Apesar da dor, reencontra a paz na certeza de que todos
chegaremos ao nosso destino de plenitude espiritual
principalmente se estivermos na sintonia do Amor,
da Fé, da Verdade e da Caridade.
E esta última, irmão, muitas vezes vem em forma de
atitudes duras e radicais ou de palavras que não agradam.
Porém são elas que irão transformar o mundo num lugar melhor para se viver
porque estará na sintonia das leis universais.

Privilegiada velhice - Momento Espírita




Privilegiada velhice
 

O anúncio de sua morte se deu em 2009, poucos dias antes dela completar noventa e nove anos de idade. Em 2005, foi descoberta por uma equipe de reportagem, realizando seu voluntariado junto a idosos.

Natural de Bassano del Grappa, norte da Itália, veio para o Brasil fugindo da guerra.
Ela ganhou as telas das emissoras televisivas, sendo entrevistada em dois programas nacionais, em 2008. Numa delas afirmou que, no ano anterior, aos noventa e sete anos, tinha renovado sua carteira de motorista.
 
E, apesar de recomendações dos familiares para abandonar a direção, ela continuou a comparecer ao serviço voluntário, em dois locais diferentes, dirigindo seu fusca laranja, ano 74.
 
Recebeu do governo do Rio Grande do Sul o troféu Ana Terra, pelos relevantes serviços prestados à comunidade.
 
Radicada em Bento Gonçalves, no estado gaúcho, demonstrava agilidade física e mental.
 
Seu nome é Ana Varianni. Servindo ao seu semelhante, no Lar do ancião e na Sociedade Beneficente Santo Antônio, mostrava grande carinho.
 
Em uma das instituições, era responsável por nada menos de doze idosos, que se encontravam na faixa dos setenta-setenta e cinco anos.
 
Servia-lhes a alimentação na boca, dadas as deficiências de que eram portadores. E, no seu sotaque italiano carregado, que lhe conferia ainda mais especial sonoridade, ela amassava a comida para os que não tinham possibilidade de boa mastigação e incentivava:
Ora, vamos, onde se viu uma senhora dessa idade não querer comer? Se não comer, não pode viver. Vamos lá!
 
Cuidadosa, afirmava que agora, quase aos cem anos, não se permitia dirigir em grande velocidade, ia devagar. A uma indagação espirituosa do entrevistador que se disse apaixonado por ela e lhe propôs casamento, ela objetou:
 
Meu amigo, nessa altura da vida, o melhor é que sejamos bons amigos!
 
Seu filho assim se expressou, quando da ocorrência de sua morte: Tenho a melhor das lembranças de minha mãe. Ela viveu intensamente e alcançou todos os objetivos da vida dela com os filhos, os netos e trabalhando para o bem-estar da sociedade.
 
*  * *
 
Ana morreu deixando o exemplo do dinamismo que os anos não podem apagar. Altera-se a máquina física, as forças já não são tão intensas, contudo, a vontade de agir permanece firme.
 
Exemplo para tantos que nos dizemos tristes porque já não podemos fazer tudo que fazíamos na juventude. Seria de analisar: Será que não conseguimos mesmo ou será que nos acomodamos, em nome de uma certa soma de anos vividos?
 
Exemplos inúmeros existem que nos demonstram que o Espírito se sobrepõe ao corpo e o comanda.
 
Maia Plisetskaya,  a bailarina russa, aos sessenta e um anos de idade, com um corpo impecável de bailarina clássica, dançou O lago dos cisnes.
 
Interpretou a infeliz Odete que, transformada em cisne branco morre de amores. Extraordinária performance.
 
Essas criaturas nos dizem que devemos sacudir a poeira dos ombros, retirar as teias de aranha do pensamento e viver.
 
Viver intensamente, não nos permitindo parar de aprender, de estudar, de produzir. Da forma que consigamos.
 
Alguns poderemos ter algumas limitações. Busquemos superá-las e, de uma vez para sempre, retiremos do nosso vocabulário as frases: Estou velho. Não sirvo mais para nada.
 

Redação do Momento Espírita.
Em 28.08.2012.

Sinta nesta quinta feira que o Céu está dentro de você


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