sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Uso e Abuso

 

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USO E ABUSO


André Luiz

O uso é o bom-senso da vida e o metro da caridade.
Vida sem abuso, consciência tranqüila.

Uso é moderação em tudo.
Abuso é desequilíbrio.
O uso exprime alegria.
Do abuso nasce a dor.

Existem abusos de tempo, conhecimento e emoção.
Por isso, muitas vezes, o uso chama-se "abstenção".

O uso cria a reminiscência confortadora.
O abuso forja a lembrança infeliz.

Saber fazer significa saber usar.
Todos os objetos ou aparelhos, atitudes ou circunstâncias exigem uso adequado, sem o que surge o erro.
Doença – abuso da saúde.
Vício – abuso do hábito.
Supérfluo – abuso do necessário.
Egoísmo – abuso do direito.

Todos os aspectos menos bons da existência constituem abusos.
O uso é a lei que constrói.
O abuso é a exorbitância que desgasta.

Eis por que progredir é usar bem os empréstimos de Deus.

(Do livro "Estude e Viva", Espíritos Emmanuel e André Luiz, psicografia Francisco Cândido Xavier)
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LUGAR DESERTO

 

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Lugar Deserto

Emmanuel

"E ele lhes disse: Vinde vós aqui, à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco." – Marcos, 6:31.
A exortação de Jesus aos companheiros reveste-se de singular importância para os discípulos do Evangelho em todos os tempos.
Indispensável se torna aprender o caminho do "lugar à parte" em que o Mestre aguarda os aprendizes para o repouso construtivo em seu amor.
No precioso símbolo, temos o santuário íntimo do coração sequioso de luz divina.
De modo algum se referia o Senhor tão somente à soledade dos sítios que favorecem a meditação, onde sempre encontramos sugestões vivas da natureza humana. Reportava-se à câmara silenciosa, situada dentro de nós mesmos.
Além disso, não podemos esquecer que o Espírito sedento de união divina, desde o momento em que se imerge nas correntes do idealismo superior, passa a sentir-se desajustado, em profundo insulamento no mundo, embora servindo-o, diariamente, consoante os indefectíveis desígnios do Alto.
No templo secreto da alma, o Cristo, espera por nós, a fim de revigorar-nos as forças exaustas.
Os homens iniciaram a procura do "lugar deserto", recolhendo-se aos mosteiros ou às paisagens agrestes; todavia, o ensinamento do Salvador não se fixa ao mundo externo.
Prepara-te para servir ao Reino Divino, na cidade ou no campo, em qualquer estação, e não procures descanso impensadamente, convicto de que, muita vez, a imobilidade do corpo é tortura da alma. Antes de tudo, busca descobrir, em ti mesmo, o "lugar à parte" onde repousarás em companhia do Mestre.

(Do livro "Pão Nosso", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier, edição FEB)

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Estudo: Doenças Mentais (parte 1)

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INTRODUÇÃO: Ler os capítulos 1 até 4 do livro "NO MUNDO MAIOR". Ênfase para o cap. 4 (Estudando o Cérebro).

NOTA: Estes capítulos estarão inseridos no texto final, prefaciando os complementos.
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COMPLEMENTO: O que é Doença Mental?

Distúrbios mentais, distúrbios ou síndromes psíquicas e de comportamento.

Transtornos Infantis

Transtornos Orgânicos Mentais

Outros Transtornos


1. – O que é Doença Mental?

Popularmente há uma tendência em se julgar a sanidade da pessoa, de acordo com seu comportamento, de acordo com sua adequação às conveniências sócio-culturais como, por exemplo, a obediência aos familiares, o sucesso no sistema de produção, a postura sexual, etc. Em termos médicos, entretanto, Doença Mental pode ser entendida como uma variação mórbida do normal, variação esta capaz de produzir prejuízo na performance global da pessoa (social, ocupacional, familiar e pessoal) e/ou das pessoas com quem convive. A Organização Mundial de Saúde diz que o estado de completo bem estar físico, mental e social define o que é saúde, portanto, tal conceito implica num critério de valores (valorativo), já que, lida com a idéia de bem-estar e mal-estar.
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2. – O que é e o que não é normal em psiquiatria?

Quem é louco ou quem é normal é um assunto que tem estimulado discussões infindáveis. Muitas vezes as pessoas afirmam, num desabafo e por razões pejorativas, que "fulano é louco". Fazem isso não com intenção de atribuir um diagnóstico, como fariam com outra doença, como por exemplo "fulano é diabético", mas com intenções francamente ofensivas.vezes, de acordo com certas conveniências, as pessoas lançam mão da retórica cansativa sobre a impossibilidade de rotular-se alguém de louco, uma vez que a definição do normal é imprecisa. Mas isso é mentira. Pelo critério estatístico, normal seria o mais freqüente, numericamente definido, aquilo que é compatível com a maioria. Em medicina, de um modo geral, ao se estabelecer a dosagem normal de glicose no sangue das pessoas, verificou-se a média das dosagens num grupo de indivíduos tomando-a como padrão de normalidade. Da mesma forma como se fez com tantos outros parâmetros antropológicos de normalidades: pulsação, tensão arterial, correspondência peso-altura, duração do ciclo menstrual, acuidade visual, etc. Este critério estatístico tem um valor complementar e deve servir apenas como um parâmetro de não-normalidade, mas não significa, obrigatoriamente, doença. O termo DOENÇA, por sua vez, implica sempre em prejuízo e morbidade, portanto, precisamos, depois de utilizarmos o critério estatístico, do chamado critério valorativo.A gravidez de gêmeos, por exemplo, embora não seja estatisticamente normal, jamais poderá ser considerada doença porque lhe falta o critério valorativo.Pelo critério valorativo podemos considerar que, em não havendo prejuízo ao indivíduo, ao seus semelhantes e ao sistema sócio-cultural, toda tentativa de destacar-se dos demais deverá ser sadia e desejável. Interessa, ao critério valorativo, o VALOR que o sistema sócio-cultural atribui à maneira do indivíduo existir. Mas podemos confundir este valor, o qual emana do sistema sócio-cultural, como sendo uma pretensa e exclusiva atribuição tirânica de fiscalização das normas, como sugere o discurso da antipsiquiatria, devemos considerar o sistema sócio-cultural como alguma coisa muito abrangente; os valores abrangem desde as concepções éticas, estéticas, morais, até as concepções científicas e fisiológicas que este mesmo sistema reconhece como válidos.

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3. – As Doenças Mentais têm "cura" ou só se falar em controle?

As Doenças Mentais têm cura tanto quanto as doenças da cardiologia, da endocrinologia, da reumatologia, da neurologia e assim por diante. A medicina tem como primeira obrigação definir se a pessoa que a procura É ou ESTÁ doente. Se estiver doente, a possibilidade de cura definitiva é enormemente maior do que nos casos da pessoa ser doente. Citamos outras especialidades médicas para que se compare os problemas da psiquiatria com, por exemplo, a hipertensão arterial; quando, exatamente, podemos falar em cura da hipertensão arterial? Quando, exatamente, podemos falar em cura da diabetes?... do reumatismo?... da asma?... Podemos ver que a medicina está cheia de situações onde, felizmente, podemos controlar a pessoa portadora de alguma doença para que viva o mais próximo possível do normal. Em outros casos podemos falar em cura, como por exemplo, na pneumonia (e outras infecções), na cólica de rins, na diarréia... etc. São situações onde a pessoa ESTÁ doente.Doenças Mentais mais atreladas à maneira da pessoa ser, mais inerentes à sua personalidade, podem ser muito bem controladas pela psiquiatria, enquanto as situações reativas, onde a pessoa apresenta uma alteração repentina em seu psiquismo, podemos falar mais facilmente em cura definitiva.


4. – Quais as diferenças entre Neuroses e Psicoses?

A grosso modo, podemos dizer que Neuroses são alterações quantitativas dos fenômenos psíquicos, capazes de produzir sofrimento e/ou prejuízo na maneira da pessoa viver. Isso significa que os neuróticos não apresentam nenhuma novidade ou nenhuma característica psíquica que não exista nas pessoas normais em quantidades mais adequadas. Ansiedade, angústia, sentimentos depressivos, idéias com tendência obsessivas, teatralidade, medo, etc, são ocorrências psíquicas normais mas nos neuróticos elas estariam exageradamente (quantitativamente) alteradas. Por outro lado, podemos dizer que Psicoses são alterações qualitativas dos fenômenos psíquicos, capazes de produzir sofrimento e/ou prejuízo na maneira da pessoa existir. Nesse caso, as pessoas normais não costumam apresentar os fenômenos psíquicos dos psicóticos, mesmo em quantidades menores. Nenhum normal sente um pouquinho de perseguição, paranóia, catatonia, confusão mental, delírios e alucinações primárias... etc.

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5. – Quais as causas das Doenças Mentais?

Assim como as demais doenças, podemos dizer que para se desenvolver uma Doença Mental há necessidade, no mínimo, de 2 fatores; a disposição pessoal para a doença e dos agentes ocasionais.


Disposição Pessoal Original:

A disposição pessoal do indivíduo diz respeito a seus Traços de Personalidade, suas características constitucionais. Por constituição devemos entender a configuração permanente do indivíduo, tal como seu fenótipo, ou seja, uma somatória dos elementos genéticos com os elementos acoplados à sua pessoa durante seu desenvolvimento. Fenótipo = Genótipo + Ambiente.A constituição vai além do genético, como se entende no exemplo de uma pessoa nascida com malformações decorrentes da toxoplasmose congênita. Tais manifestações, embora constitucionais, não podem ser consideradas genéticas, não aparecem nos genes dos ancestrais mas, serão constitucionais. A disposição psíquica pessoal básica tem lugar nos momentos mais precoces da vida, constituindo a marca característica e perene do relacionamento da pessoa com o ambiente e consigo própria, constituindo a maneira do indivíduo contactar e reagir ao mundo objectual. A este ser, dotado geneticamente de um conjunto de Traços pessoais e de uma série de outras características psíquicas adquiridas durante seu desenvolvimento precoce através da complacência de seus genes, podemos atribuir uma certa Disposição Pessoal Originária, a qual, favorecerá ou não, o desenvolvimento da Doença Mental. Entram na Disposição Pessoal Original também, todos os perfis constitucionais, tais como suas características metabólicas, endócrinas, neurológicas, etc.
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Agentes Ocasionais:

Aqui entram os fatores psicogênicos que a existência oferece para o indivíduo, ou conforme diz o DSM-IV, tratam-se dos estressores psicossociais. Estes agentes ocasionais são as vivências mais significativas que colocam em risco a adaptação do indivíduo ao mundo e consigo próprio. São as ameaças ao desequilíbrio de relacionamento da pessoa com sua existência, ameaças capazes de comprometer a relação de ajustamento do sujeito com seu mundo objectual. O fato de uma experiência ocasionar um conflito psicotraumático relaciona-se com a Personalidade global, a qual, em virtude de suas peculiaridades pode vir a ser perturbada por um determinado traumatismo psíquico. As vivências, em si, não podem ser consideradas traumáticas de maneira absoluta, pois, como sabemos hoje em dia, o conceito de trauma é relativo, dependendo mais de certas sensibilidades constitucionais, do que das experiências vividas, propriamente ditas. As vivências são mais traumáticas para determinados indivíduos mais vulneráveis à superação de conflitos e são, nestes indivíduos, os Agentes Ocasionais produtores das reações neuróticas.
Agradecimento a:
http://gballone.sites.uol.com.br/voce/doen.html
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Distúrbios mentais, distúrbios ou síndromes psíquicas e de comportamento:

Geram angústia e causam danos em importantes áreas do funcionamento psíquico, afetando o equilíbrio emocional, o rendimento intelectual e o comportamento social adaptativo. A maioria dos sistemas de classificação reconhecem os distúrbios infantis como categorias separadas dos distúrbios adultos. Também distinguem entre distúrbios orgânicos, provocados por uma causa fisiológica clara, e distúrbios não orgânicos ou funcionais, considerados mais leves. Em função da gravidade e da base orgânica, os distúrbios se dividem em psicóticos (perda da realidade) e neuróticos (mal-estar e ansiedade sem perder o contato com a realidade). As psicoses mais comuns são a esquizofrenia, a maior parte dos transtornos neurológicos e cerebrais (demências) e as formas extremas de depressão. Entre as neuroses, as mais típicas são as fobias, a histeria, a hipocondria e todas que geram uma alta dose de ansiedade sem que haja desconexão com a realidade.

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TRANSTORNOS INFANTIS

Mostram-se evidentes na infância, puberdade e adolescência. O retardo mental é a incapacidade para aprender com normalidade, ser independente e socialmente responsável como outras pessoas da mesma idade e cultura. A hiperatividade é uma desordem que parte de um déficit na atenção e na concentração devido a uma inquietude constante e patológica. Os distúrbios ansiosos compreendem o medo da separação (da casa dos pais) e o contato com estranhos, gerando um comportamento pusilânime e medroso. Os distúrbios mentais evasivos se caracterizam pela distorção simultânea de várias funções psíquicas, como a atenção, a percepção, a avaliação da realidade e a motricidade. Exemplo deste transtorno é o autismo infantil. Outros transtornos infantis são a bulimia, a anorexia nervosa, os deficiências da fala e a enurese.

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TRANSTORNOS ORGÂNICOS MENTAIS

Caracterizam-se pela anormalidade psíquica e do comportamento associados a deteriorações transitórias ou permanentes no funcionamento do cérebro. O dano cerebral procede de uma enfermidade orgânica ou de consumo de alguma droga lesiva. Apresentam, como característica principal, o delírio. A demência é outro sintoma freqüente dos transtornos orgânicos, como a doença de Alzheimer, e se caracteriza por perdas de memória, percepção, juízo e atenção. A demência senil acontece na terceira idade e produz alterações na expressão emocional.


OUTROS TRANSTORNOS

Os transtornos paranóicos se caracterizam por idéias delirantes. As mais típicas são as de perseguição (o indivíduo se considera vítima de uma conspiração), de grandeza (ele acredita ser de natureza nobre, santa ou divina) e de ciúme desmedido. Em qualquer caso, a personalidade paranóide é defensiva, rígida, desconfiada, egocêntrica, ela se isola e pode ficar violentamente anti-social.

Autoria: Marina Silva Arantes


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Realização do estudo: Instituto André Luiz

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Opiniões Alheias... Emmanuel

OPINIÕES ALHEIAS

Se trazes a consciência tranqüila, porque te impacientares tanto com as opiniões alheias, desfavoráveis?
Cada pessoa fala daquilo que conhece oferecendo o que seja ou o que tenha.
A suposição dos companheiros, a nosso respeito, nasce daquilo que eles estimariam ou estimam fazer.

Cada qual de nós está no centro das próprias experiências.

Os irmãos que nos cercam são livres para pensarem a nosso respeito, da mesma forma que somos livres para anotar-lhes o comportamento.
Ninguém consegue obrigar determinada pessoa a raciocinar com outro cérebro, a não ser aquele que lhe pertence.
Se um a pessoa se irrita contra nós sem razão, isso não é motivo para que venhamos a comprar uma rixa desnecessária.
Você está diante de uma pessoa encolerizada da mesma forma que você se encontra perante um doente: preste auxílio.

Toleremos os outros, para que os outros nos tolerem.

Hoje, alguém terá perdido a serenidade, à nossa frente; amanhã, possivelmente, seremos nós, em situação igual diante deles.

EMMANUEL
(Do livro "Calma", FCXavier, GEEM)

O bom livro... André Luiz & Emmanuel

O BOM LIVRO

André Luiz

O livro edificante é sementeira da Luz Divina, aclarando o passado, orientando o presente e preparando o futuro...
Instrutor do espírito – esclarece sem exigências,
Médico da alma – cura sem ruído,
Sacerdote do coração – consola sem ritos exteriores.
Amigo vigilante – ampara em silêncio,
Companheiro devotado – jamais abandona,
Cooperador eficiente – não pede compensações.
Semeador do infinito – fecunda os sentimentos,
Benfeitor infatigável – permanece fiel,
Arquiteto do bem – constrói no espírito imorredouro.
Altar da simplicidade – revela a sabedoria,
Fonte inesgotável – jorra bênçãos de paz,
Campo benfazejo – prepara a vida eterna.
Lâmpada fulgurante – brilha sem ofuscar,
Árvore compassiva – frutifica sem condições,
Celeiro farto – supre sem perder.

Do livro "Relicário de Luz", por André Luiz, psicografia Francisco Cândido Xavier.

 

O LIVRO LIVRA

Emmanuel

Cada livro edificante é porta libertadora.
O livro espírita, entretanto, emancipa a alma, nos fundamentos da vida.
O livro científico livra da incultura, mas o livro espírita livra da crueldade, para que os louros intelectuais não se desregrem na delinqüência.
O livro filosófico livra do preconceito, no entanto, o livro espírita livra da divagação delirante, a fim de que a elucidação não se converta em palavras inúteis.
O livro piedoso livra do desespero, mas o livro espírita livra de superstição, para que a fé não se abastarde em fanatismo.
O livro jurídico livra a injustiça, no entanto, o livro espírita livra da parcialidade, a fim de que o direito não se faça instrumento de opressão.
O livro técnico livra da insipiência, mas o livro espírita livra da vaidade, para que a especialização não seja manejada em prejuízo dos outros.
O livro de agricultura livra do primitivismo, no entanto, o livro espírita livra da ambição desvairada, a fim de que o trabalho da gleba não se envileça.
O livro de regras sociais livra da rudeza de trato, mas o livro espírita livra da irresponsabilidade que, muitas vezes, transfigura o lar em atormentado reduto de sofrimento.
O livro de consolo livra da aflição, no entanto, o livro espírita livra do êxtase inoperante, para que o reconforto não se acomode em preguiça.
O livro de informações livra do atraso, mas o livro espírita livra do tempo perdido, a fim de que a hora vazia não nos arraste à queda em dívidas escabrosas.
Amparemos o livro respeitável que é luz de hoje, no entanto, auxiliemos e divulguemos, quantos nos seja possível, o livro espírita, que é luz de hoje, amanhã e sempre.
O livro nobre livre da ignorância, mas o livro espírita livra da ignorância e livra do mal.

Quem se consagra a Jesus Cristo aprende a legar um mundo melhor aos que lhe seguem os passos, através do concurso fraterno ao próximo e da bondade para com a vida de que comunga nas lides habituais.

Do livro "Mentores e Seareiros", por Emmanuel, psicografia Francisco Cândido Xavier.

A Prece de Eusébio

Senhor da Vida,
Abençoa-nos o propósito
De penetrar o caminho da Luz!...

Somos Teus filhos,
Ainda escravos de círculos restritos,
Mas a sede do Infinito
Dilacera-nos os véus do ser.

Herdeiros da imortalidade,
Buscamos-Te as fontes eternas
Esperando, confiantes, em Tua misericórdia.

De nós mesmos, Senhor, nada podemos.
Sem Ti, somos frondes decepadas
Que o fogo da experiência
Tortura ou transforma...

Unidos, no entanto, ao Teu Amor,
Somos continuadores gloriosos
De Tua Criação interminável.

Somos alguns milhares
Neste campo terrestre;
E, antes de tudo,
Louvamos-Te a grandeza
Que não nos oprime a pequenez...

Dilata-nos a percepção diante da vida,
Abre-nos os olhos
Enevoados pelo sono da ilusão
Para que divisemos Tua glória sem fim!...
Desperta-nos docemente o ouvido,
A fim de percebermos o cântico
De tua sublime eternidade.
Abençoa as sementes de sabedoria
Que os teus mensageiros esparziram
No campo de nossas almas;
Fecunda-nos o solo interior,
Para que os divinos germens não pereçam.

Sabemos, Pai,
Que o suor do trabalho
E a lágrima da redenção
Constituem adubo generoso
A floração de nossas sementeiras;
Todavia,
Sem Tua bênção,
O suor enlanguesce
E a lágrima desespera...
Sem Tua mão compassiva,
Os vermes das paixões
E as tempestades de nossos vícios
Podem arruinar-nos a lavoura incipiente.

Acorda-nos, Senhor da Vida,
Para a luz das oportunidades presentes;
Para que os atritos da luta não as inutilizem,
Guia-nos os pés para o supremo bem;
Reveste-nos o coração
Com a Tua serenidade paternal,
Robustecendo-nos a resistência!
Poderoso Senhor,
Ampara-nos a fragilidade,
Corrige-nos os erros,
Esclarece-nos a ignorância,
Acolhe-nos em Teu amoroso regaço.

Cumpram-se, Pai Amado,
Os Teus desígnios soberanos,
Agora e sempre.
Assim seja.

A PRECE DE EUSÉBIO
(Do livro "No Mundo Maior", cap. 1, André Luiz, FCXavier)

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