quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Cada Hora... Emmanuel



CADA  HORA
 
 Faze de cada hora - um poema de amor.
Renúncia vazia - terra seca.
Oração sem serviço - candeia apagada.
Alegria sem trabalho - flor sem proveito.
Cultura sem caridade - árvore estéril.
Sermão sem exemplo - trovoada sem chuva.
Tribuna sem suor - esquife sonoro.
Inteligência trancada - luz no deserto.
Vida sem ação - enterro lento.
Filosofia sem bondade - conversa vã.
Talento oculto - fonte escondida.
Fé parada - vaso inútil.
Virtude sem movimento - ninho morto.
Lição sem obras - museu de idéias.
 
Repara os recursos de que dispões:
Pensamento nobre.
Conhecimento superior.
Raciocínio pronto.
Diretrizes claras.
Ouvidos percucientes.
Olhos iluminados.
Verbo fácil.
Movimentos livres.
Mãos seguras.
Pés hábeis.
 
Não te afeiçoes a mortificações improfícuas.
Cada criatura, onde passa, deixa o próprio reflexo.
Só a inércia vagueia no mundo como sombra na sombra.
Tu, porém, deves caminhar, à feição do raio solar, dissipando as trevas.
Cada hora, podes fazer a dor menos amarga.
Cada hora, podes fazer a luta mais construtiva.
Imensos são os males do mundo - não os agraves com o desespero.
Enormes são as mágoas dos outros - não as multipliques com o fel da reprovação.
Onde estiveres, restaura, conserta, alivia, ampara e desculpa...
Em qualquer circunstância, recorda o Cristo, que passou entre os homens entendendo e ajudando...
E ainda mesmo quando se viu condenado sem culpa, pelos mesmos homens aos quais servia,
partiu para a morte, perdoando e amando... Torturado na cruz, mas de braços abertos!
 
 EMMANUEL
(De "Religião dos Espíritos", de Francisco Cândido Xavier, FEB)
 



  NA  TRILHA  DAS  HORAS
 
Pela palavra que digas, Jesus é admirado.
Através de teus conhecimentos, Jesus pode ser visto.
No fervor que demonstres, Jesus é louvado.
 
 Entretanto, só pelo serviço que prestes
É que Jesus será entendido...

 
 EMMANUEL
(Do livro “Agora É O Tempo”, Francisco Cândido Xavier)


  
 

Da Sombra para a Luz... Emmanuel / André Luiz



DA SOMBRA PARA A LUZ



Estranhamos, muitas vezes, na Terra, a multiplicidade dos conflitos emocionais que nos assaltam, de improviso, assinalando deploráveis influências ocultas.
Em muitas circunstâncias, basta leve impulso na direção do bem, para que se manifestem, desesperadas, como a impedir-nos o acesso à Vida Superior.

Na iniciação da mediunidade, surgem, quase sempre, na forma de obsessões marginais, ameaçando-nos as mais belas aspirações, tanto quanto na construção da fé viva, adentro de nosso grupo familiar, aparecem na feição de desentendimento e discórdia, a se expressarem rudes e virulentas naqueles que mais amamos.

Entretanto, no exame do problema, recorramos a quadro simples da natureza.

Toda vez que necessitamos rasgar estradas novas no seio da gleba anônima, duro trabalho de educação do solo se faz imprescindível.

Sobre o chão agressivo e áspero, picareta e trator se mostram necessários, reclamando-se, ainda, o auxilio do pedregulho arestoso na pavimentação do caminho antes que o homem se valha dele na movimentação do progresso.

Utilizamos-nos do símile para considerar que também na abertura de novas rotas do espírito, tarefas sacrificiais se exigem de nós com vistas ao indispensável burilamento e, assim como os engenheiros supervisionam a obra, confiando-a braços rijos, habilitados à remoção do material primitivo e inferior, também os Instrutores Celestes, sem perder-nos, entrega-nos a companheiros mais ou menos semelhantes a nós, que nos desbastam o campo íntimo, através de lutas e sofrimentos até que lhes ofereçamos justo padrão de serviço ao apostolado de luz que se propõem a veicular.


É por isso que, em todos os percalços de nossa edificação para a Vida Eterna, realmente, não podemos dispensar o concurso efetivo da paciência, porque somente por essa virtude singela e renovadora é que poderemos vencer as inibições externas com o necessário triunfo sobre nós mesmos.


EMMANUEL
(Do livro "Linha Duzentos", Francisco Cândido Xavier)
  






ACENDE A LUZ


Ao longo do caminho em que jornadeias para diante,
encontrarás a treva a cercar-te em todos os flancos.

Trevas da ignorância em forma de incompreensão,
nevoeiros de ódio em forma de desespero,
neblinas de impaciência em forma de lágrimas
e sombras de loucura em forma de tentações sinistras.
Acende, porém, a luz da oração e caminha.
A prece é claridade que te auxiliará a ver a amargura das vítimas do mal,
as feridas dos que te ofendem sem perceber,
as mágoas dos que te perseguem
e a infelicidade dos que te caluniam.
Ora e segue, adiante.
O horizonte é sempre mais nobre
e a estrada sempre mais sublime,
desde que a oração permaneça em tua alma
em forma de confiança e de luz.




ANDRÉ LUIZ
(Do livro "Servidores no Além", Francisco Cândido Xavier)





AMAI-VOS... Emmanuel - Bezerra de Menezes




AMAI-VOS
Emmanuel

"Não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em
verdade." - João. (I JOÃO, 3:18.)

Por norma de fraternidade pura e sincera, recomenda a Palavra Divina: "Amai-vos uns aos outros.
Não determina seleções.
Não exalta conveniências.
Não impõe condicionais.
Não desfavorece os infelizes.
Não menoscaba os fracos.
Não faz privilégios.
Não pede o afastamento dos maus.
Não desconsidera os filhos do lar alheio.
Não destaca a parentela consanguínea.
Não menospreza os adversários.
E o apóstolo acrescenta: "Não amemos de palavra, mas através das obras, com todo o fervor do coração.
O Universo é o nosso domicílio.
A Humanidade é a nossa família.
Aproximemo-nos dos piores, para ajudar.
Aproximemo-nos dos melhores, para aprender.
Amarmo-nos, servindo uns aos outros, não de boca, mas de coração, constitui para nós todos o glorioso caminho de ascensão.

EMMANUEL
(Do livro "Vinha de Luz", Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier, FEB)


**********************

PONDERAÇÃO
Bezerra de Menezes

Diante do mal quantas vezes!...
Censuramos o próximo...
Desertamos do testemunho da paciência...
Criticamos sem pensar...
Abandonamos companheiros infelizes à própria sorte...
Esquecemos a solidariedade...
Fugimos ao dever de servir...
Abraçamos o azedume...
Queixamo-nos uns dos outros...
Perdemos tempo em lamentações...
Deixamos o campo das próprias obrigações...
Avinagramos o coração...
Desmandamo-nos na conduta...
Agravamos problemas...
Aumentamos o próprios débitos...
Complicamos situações...
Esquecemos a prece...
Desacreditamos a fraternidade...
E, às vezes, olvidamos até mesmo a fé viva em Deus...
Entretanto a fórmula da vitória sobre o mal ainda e sempre é
aquela senha de Jesus:

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI!!...


(Do livro "Visão Nova", Bezerra de Menezes, Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

NATAL - por Emmanuel e André Luiz


NATAL - por Emmanuel

"Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa-vontade para com os homens.” — (Lucas 2, v. 14.)

As legiões angélicas, junto à Manjedoura, anunciando o Grande Renovador, não apresentaram qualquer palavra de violência.
Glória a Deus no Universo Divino.
Paz na Terra.
Boa-vontade para com os Homens.
O Pai Supremo, legando a nova era de segurança e tranquilidade ao mundo, não declarava o Embaixador Celeste investido de poderes para ferir ou destruir.
Nem castigo ao rico avarento.
Nem punição ao pobre desesperado.
Nem desprezo aos fracos.
Nem condenação aos pecadores.
Nem hostilidade para com o fariseu orgulhoso.
Nem anátema contra o gentio inconsciente.
Derramava-se o Tesouro Divino, pelas mãos de Jesus, para o serviço da Boa-Vontade.
A justiça do “olho por olho” e do “dente por dente” encontrara, enfim, o Amor disposto à sublime renúncia até à cruz.
Homens e animais, assombrados ante a luz nascente na estrebaria, assinalaram júbilo inexprimível ...
Daquele inolvidável momento em diante a Terra se renovaria.
O algoz seria digno de piedade.
O inimigo converter-se-ia em irmão transviado.
O criminoso passaria à condição de doente.
Em Roma, o povo gradativamente extinguiria a matança nos circos. Em Sídon, os escravos deixariam de ter os olhos vazados pela crueldade dos senhores. Em Jerusalém, os enfermos não mais seriam relegados ao abandono nos vales de imundície.
Jesus trazia consigo a mensagem da verdadeira fraternidade e, revelando-a, transitou vitorioso, do berço de palha ao madeiro sanguinolento.
Irmão, que ouves no Natal os ecos suaves do cântico milagroso dos anjos, recorda que o Mestre veio até nós para que nos amemos uns aos outros.
Natal! Boa Nova! Boa-Vontade!
Estendamos a simpatia para com todos e comecemos a viver realmente com Jesus, sob os esplendores de um novo dia.


( Do livro "Fonte Viva" ,  cap. 180 , Emmanuel ,  Francisco C. Xavier ,  edição FEB )


"Oferta de Natal", de Emmanuel:

Senhor!...
Enquanto as melodias do Natal nos enternecem, recordamos também, ante o céu iluminado, a estrela divina que te assinalou o berço na palha singela!...
De novo, alcançam-nos os ouvidos as vozes angélicas:
- Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!...
E lembramo-nos do tópico inesquecível da narrativa de Lucas*:
“Havia na região da manjedoura pastores que viviam nos campos e velavam pelos rebanhos durante a noite; e um anjo do Senhor desceu onde eles se achavam e a glória do Senhor brilhou ao redor deles, pelo que se fizeram tomados de assombro... O anjo, porém, lhes disse: não temais! Eis que vos trago boas novas de grande alegria, que serão para todo o povo... É que hoje vos nasceu, na cidade de David, o Salvador, que é o Cristo, o Senhor”.
Desde o momento em que os pastores maravilhados se movimentaram para ver-te, na hora da alva, começaste, por misericórdia tua, a receber os testemunhos de afeição dos filhos da Terra.
Todavia, muito antes que te homenageassem com o ouro, o incenso e a mirra, expressando a admiração e a reverência do mundo, o teu cetro invisível se dignou acolher, em primeiro lugar, as pequeninas dádivas dos últimos!
Só tu sabes, Senhor, os nome daqueles que algo te ofertaram, em nome do amor puro, nos instantes da estrebaria:
A primeira frase de bênção...
A luz da candeia que principiou a brilhar quando se apagaram as irradiações do firmamento...
Os panos que te livraram do frio...
A manta humilde que te garantiu o leito improvisado...
Os primeiros braços que te enlaçaram ao colo para que José e Maria repousassem...
A primeira tigela de leite...
O socorro aos pais cansados...
Os utensílios de empréstimo para que te não faltasse assistência...
A bondade que manteve a ordem, ao redor a manjedoura, preservando-a de possíveis assaltos...
O feno para o animal que devia transportar-te...
Hoje, Senhor, que quase vinte séculos transcorreram, sobre o teu nascimento, nós, os pequeninos obreiros encarnados e desencarnados, com a honra de cooperar em teu Evangelho Redivivo, pedimos vênia para algo te ofertar... Nada possuindo de nós, trazemos-te as páginas simples que Tu mesmo nos inspiraste, os pensamentos de gratidão e de amor que nos saíram do coração, em forma de letras, em louvor de tua infinita bondade!
Recebe-os, ó Divino Benfeitor! Com a benevolência com que acolheste as primeiras palavras e respeito e os primeiros gestos de carinho com que as criaturas rudes e anônimas te afagaram na gloriosa descida à Terra!... E que nós – espíritos milenares fatigados do erro, mas renovados na esperança – possamos rever-te a figura sublime, nos recessos do coração, e repetir, como o velho Simeão, após acariciar-te na longa vigília do Templo:
- “Agora, Senhor, despede em paz os teus servos, segundo a tua palavra, porque os nossos olhos viram a salvação!...”.
*(Evangelho de Lucas 2:8-11)
(Do livro "Antologia Mediúnica do Natal", pelo Espírito Emmanuel, Francisco C.  Xavier)



MESTRE E DISCÍPULO - Reflexão Natalina
André Luiz

Nasce o Mestre – na manjedoura do coração,
Sorri divinamente – entre os impulsos sentimentais.
Mostra-se à razão – à luz da estrela da fé,
Desenvolve-se, dia a dia – sob os cuidados da alma.
Alegra a paisagem mental – renovando a esperança!...
Ainda menino – sobe ao templo do cérebro
E fala com simplicidade – confundindo raciocínios doutos.
Movimenta-se, desde então – no cosmos individual,
Aproveita sentimentos singelos – como se valeu dos pescadores humildes,
E começa o apostolado – da conversão do aprendiz
Devolve movimento – ao coração paralítico,
Restitui a visão – aos olhos enganados,
Limpa a lepra do mal – ao pensamento invigilante,
Equilibra-lhe a mente – invadida pelos princípios das trevas,
Revela-lhe a lei do amor – acima dos códigos humanos,
Transforma-o, dia a dia – pela divina atuação.
E, quando o mundo inferior se rebela contra o discípulo,
Une-se mais a ele
, no cenáculo do espírito,
Dá-lhe instruções baseadas – na submissão a Deus,
Revela-lhe o mundo maior – glorificando o sacrifício,
Dilata-lhe a personalidade – exemplificando a renúncia,
Eleva-lhe a estatura – semeando entendimento...
Atingindo o Calvário – das responsabilidades interiores,
Quando o aprendiz isolado – está sozinho em si mesmo, entre milhões de pessoas,
E o mesmo Senhor
– nascido no presépio íntimo,
Que ampara – no monte do crânio,
Concedendo-lhe serenidade – para a cruz dos testemunhos,
A fim de que aprenda – em turbilhões de luta,
A sofrer – amando,
A orar – construindo,
A morrer – perdoando,
Para que em pleno infinito – da ressurreição eterna,
Haja mais luz divina – sobre as trevas humanas,
Mais alegria celeste – sobre as dores terrenas,
E nova benção resplandeça – no círculo das criaturas,
Em favor de nossa redenção – para um mundo melhor.

André Luiz
(Do livro "Antologia Mediúnica do Natal", Francisco Cândido Xavier)


FELIZ NATAL E UM ABENÇOADO ANO-NOVO A TODOS!




Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...