sexta-feira, 29 de junho de 2012

Problemas, Facilidades e Fé

Problemas, Facilidades e Fé

 

 

 

 

 

 

 


Enquanto o discípulo do Evangelho laborava em dificuldade sob o peso de problemas de variada denominação, amargando enfermidade e dor, afervorava-se na vivência cristã, em cuja trilha encontrava segurança para a marcha e sob cujo amparo lenha as feridas do sentimento estiolado.

Emocionado, deixava-se vencer pelas dúlcidas consolações a fluírem da Boa Nova, penetrando-se de fervor e desejoso por servir com abnegação e renuncia.

Planos de auxílio fraterno enfloresciam sua alma e suas mãos diligentes arregimentavam ações superiores para o exercício da caridade sem mesclas. Nas jornadas de estudos embaía-se de responsabilidade e permitia-se comunicar pelas excelentes diretrizes que se transformavam em roteiro de seguro comportamento.

Jungido à dor possuía a fé.

Paulatinamente modificou-se a paisagem e o discípulo, graças ao labor abençoado, granjeou amizades eternas, lobrigando sensibilizar Benfeitores Desencarnados que interferiram junto aos promotores do progresso humano, modificando, a benefício dele, os mapas provacionais de modo a que fossem atenuados seus débitos e modificada a mecânica da sua luta, objetivando-se mais amplo campo de serviço a bem do próximo.

A saúde recebeu mais expressiva carga de energia positiva, foram tomadas providências no metabolismo orgânico e, a breve tempo, os equipamentos físicos e psíquicos apresentaram-se saudáveis, aquinhoados pela harmonia. Sorriam êxitos e abundavam lucros.

Insensivelmente o discípulo modificou as expressões íntimas do comportamento – Dominado pelos compromissos novos afastou-se da charrua da caridade, tornando-se onzenário, e como o tempo lhe representasse patrimônio monetário que poderia conseguir fez-se faltoso, sob justificativas superficiais até que abandonou em definitivo o labor a que se encontrava ligado por novos deveres a que se submeteu docilmente -

Pela memória, às vezes recordava os dias idos experimentando, é verdade, inusitada nostalgia.

A volúpia dos valores novos, a ambição desmedida, a bajulação da leviandade e o aplauso da fatuidade, embora lhe agradassem à prosápia, não conseguiam preencher-lhe o imenso vazio que vagarosa, porém, seguramente o dominava, terminando por vencer-lhe as resistências.

Enriqueceu e conquistou amigos.

O tempo tomou-lhe a saúde e alterou diversas amizades. O cansaço venceu-lhe a intrepidez e os desenganos terminaram por deixá-lo só – Quando chegou a desencarnação, encontrou-se de consciência atormentada, e conquanto portador de expressiva fortuna econômica partiu da Terra com as mãos vazias.

Amigos e bens não foram além do túmulo, atingiram-lhe apenas e somente os portais de cinza e lama, antes que êle mesmo se adentrasse pela Imortalidade…

*

Diante das dificuldades de qualquer denominação, face aos infortúnios de variada classificação, perante as graves e dolorosas conjunturas, da existência planetária, sob a constrição de qualquer enfermidade ou sofrendo transes afetivos sem nome e sem esperança, não te arrojes ao desespero nem rogues soluções apressadas à Vida -

Tem paciência e sofre confiante.

Tudo passa -

Qualquer situação, como toda a circunstância boa ou má são transitórias pelo caminho da evolução.

Espera e persevera no exercício do bem sem limite, recuperando o passado de sombras e acendendo luzes de esperanças para o futuro – Quando menos esperes, descobrirás que as dores se foram, as lutas cessaram, mas em paz de consciência estarás livre das conjunturas carnais adejando além das situações dolorosas no rumo da plenitude da paz interior.

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"Tudo o que com fé pedirdes em vossas orações, haveis de receber". Mateus: capítulo 21º, versículo 22.

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"A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa. A criatura então crê, porque tem certeza, e ninguém tem certeza senão porque compreendeu. Eis porque não se dobra. FÉ INABALÁVEL SÓ É A QUE PODE ENCARAR DE FRENTE A RAZÃO, EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE". Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo 19º – Item 7, parágrafo 3.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 54.

As Diferenças

As Diferenças

Manoel é um rico comerciante de leite e seus derivados. Viúvo há muito anos, com muito esforço e dedicação criou seus dois filhos Pedro e Antônio . Ele é um homem de muita fé, sempre encontra na prece forças e esperança para as dificuldades. Apesar dos filhos terem sido criados com os mesmos princípios moral e cristão, são diferentes em seu jeito de ser. Pedro sempre foi obediente, esforçado, estudioso, já Antônio era preguiçoso, displicente, não queria responsabilidade com nada. Achava que por ser rico, não precisa se esforçar, Seu pai e seu irmão podiam trabalhar por ele. Tinha planos de viajar, conhecer o mundo, gastar e gastar.Quando completou 18 anos, exigiu de seu pai sua parte na herança para cair no mundo. Mesmo com muita tristeza, Manoel entregou a parte que era do filho e ali foi a última vez que viu seu amado filho.

Depois deste dia, todas as tardes sentava na sua cadeira  na varanda de sua casa, esperando por uma carta que touxesse noticias de seu querido filho, mas nada, parece que ele tinha sumido. Pedro sempre ficou ao lado do pai, consolando, ajudando, compreendendo, mas sempre censurando a conduta do irmão e sempre repetia as mesmas palavras: Pai… Por que se preocupar com este ingrato? Ele deve estar se divertindo e nem lembra do senhor e sempre foi assim. Manoel, olhava entristecido para Pedro e dizia: Meu filho, seu irmão está enfermo, cego pelos prazeres do mundo, tenha compreensão com as dificuldades dele. E todas as noite, antes de dormir  Manoel rezava por Antônio: Senhor… Tem piedade do meu filho, que está muito doente. Sei que ele é o que mais precisa do teu auxilio Protege ele de todo o mal, trazei ele de volta á nossa casa

Enquanto isso… Antônio se encontrava em bares, cercado de falsos amigos, gastando todo o seu dinheiro  com jogos, mulheres, jóias, bebidas, etc… Mas um dia, como tudo se acaba, o dinheiro acabou e todos se foram. Antônio percebeu que toda aquela situação tinha sido ilusória, passou humilhação, pois ninguém mais queria recebê-lo em sua casa. Não tinha mais onde morar, ficando a dormir na rua por um bom tempo. Passou frio, fome, ficou doente e sozinho. Lembrou do tempo em que morava com seu pai, do conforto de sua casa, do carinho do pai, da boa alimentação e de tudo aquilo que hoje reconhecia ter sido uma benção em sua vida. Sem pensar em mais nada, decidiu voltar. Ao chegar em frente a sua casa, chorou emocionado. Reconheceu o quanto tinha errado por sua cegueira e pela ambição de riqueza. Bateu e seu pai veio recebê-lo, abraçando-o com muito amor e carinho, chorando muito emocionado pela volta do filho. Antônio, depois de se refazer da emoção de reencontrar o pai lhe diz:; Pai, me perdoa por todo o mal que lhe causei. Sei que fui egoísta e só pensei em mim. Hoje me sinto renovado, deixe eu trabalhar como seu empregado em qualquer lugar da fábrica. Manoel, chamou uma serviçal e pediu que ela preparasse uma grande festa em comemoração a vinda do seu amado filho. Era um dia especial  e queria que todos se alegrassem com a volta do filho

Pedro, que voltava de mais um dia longo e cansativo de trabalho ao escutar todo o alvoroço, quis saber o que acontecia e ao ver o irmão que considerava um desnaturado, foi logo dizendo a ele: Pedro… O que é que você está fazendo aqui? por que voltou? Tenho certeza que foi o dinheiro que acabou e veio pegar mais.  Seu pai, sempre calmo em suas atitudes lhe responde:  Pedro, hoje é um dia muito feliz para mim,  seu irmão Antônio voltou e vamos fazer um jantar com o melhor que tiver para ele e Pedro irritado logo reclama: Mas pai… E  eu? Que sempre estive ao seu lado, cuidei do senhor, estive presente em todos os momentos, quando foi que me agradeceu por tudo o que eu fiz pelo senhor? Quando foi que fez uma festa só pra mim? e Manoel com toda a sua sabedoria lhe ensina: Meu filho, sei que sempre foste o meu amparo nos momentos mais difíceis da minha vida e tudo o que eu tenho é teu. Entretanto, era preciso que  nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. Hoje éle é um novo homem

Escritora Dothy Medeiros

Conto adaptado da parábola do filho pródigo

Que a Paz do Mestre Jesus esteja presente nesta sexta feira

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